quarta-feira, 4 de junho de 2008

Desejos Vãos

Foto by: R.G.
Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
.
Eu queria ser o sol, a luz intensa
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão é ate da morte!
.
Mas o mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos céus, os braços, como um crente!
.
E o sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as pedras... essas... pisá-as toda a gente!...
.
.
Florbela Espanca

5 comentários:

poetaeusou . . . disse...

*
Que linda tarde aberta sobre o mar!
Vai deitando do céu molhos de rosas
Que Apolo se entretém a desfolhar...
E, sobre mim, em gestos palpitantes,
As tuas mãos morenas, milagrosas,
São as asas do sol, agonizantes...
,
in-Florbela Espanca
,
florbela . . . sempre,
,
conchinhas
,
*

Um Momento disse...

Lindo , lindo este soneto de Florbela!

Deixo um beijo sorrindo por o poder ler e relembrar:)))))))

Desejo-te uma linda noite na Paz dos Anjos:))))))))

(*)

Anjo De Cor disse...

;) **
Beijinhos
SS

O Profeta disse...

De onde é este teu mar?


Doce beijo

Margarida disse...

uma óptima escolha das palavras... sem esquecer que, as palavras de florbella espanca, sao sempre, sem duvida, belas...
um bom fim de semana!
beijinho